Hoje recebemos via lista da FGM (Federação Gaúcha de Montanhismo) um e-mail do nosso amigo Luis Antonio Catafesto, assíduo frequentador da praia de Torres e um dos que se disponibilizaram para entrar em contato com a prefeitura de Torres para ver o que realmente está acontecendo a respeito da proibição de escalar na Santinha.
Abaixo o e-mail escrito por ele:
Estive em reunião, na tarde da quarta-feira dia 26 de janeiro, com a secretária do Meio Ambiente de Torres, Sra. Dora Laidenes, que me recebeu com muita cordialidade.
Ela me comunicou que eles (da prefeitura) foram pegos de surpresa, da mesma forma que a comunidade montanhística. Uma promotora provisória, de verão, atualmente são seis no Ministério Público em Torres, uma tal de Fabiana ( que ela não soube dizer o sobrenome, tentei descobrir indo ao ao Ministério Público, mas não era horário de expediente, logo saberei, quando voltar a Torres).
Ao saber de todo o drama e das tragédias que estavam acontecendo no Rio de Janeiro e, provavelmente ao dar uma caminhada pela trilha da Santinha (suposição minha), imaginou que algo parecido poderia acontecer com o Morro do Farol. Ela solicitou um laudo técnico a um geólogo e a um engenheiro, os quais julgaram aquele local, como área de risco.
Esta promotora imediatamente comunicou a prefeitura que alertasse aos passantes e proibisse a escalada e o rapel, como agentes aceleradores de erosão. A prefeitura, que também se sentiu incomodada com tal decisão, procurou um laudo de um geólogo e de um engenheiro. Me disse ela que o laudo foi ainda mais contundente. Não restava mais nada a não ser atender a determinação do Ministério Público.
Solicitei informações mais precisas, em nome da FGM. Entreguei o documento redigido pelo nosso presidente Juliano Perozzo. A secretaria do Meio Ambiente está elaborando um documento de resposta ao nosso pedido de informações. Ao conversar com ela parecia que seria elaborado imediatamente, porém hoje, dia 1 de fevereiro, ainda não ficou pronto.
Acho que a única coisa que nos resta é a de também procurar técnicos, geólogos, engenheiros, que conheçam a atividade do montanhismo e que possam eliminar o nosso esporte como agente acelerador de processo de erosão, pois todos sabemos que os riscos que corremos nestes locais, são somente os riscos inerentes ao próprio esporte e não como um agente acelerador de erosão que possa provocar algum desmoronamento no Morro do Farol. Muito pelo contrário, nós seremos os primeiros a detectar qualquer risco que possa surgir, pois o montanhista é um agente fiscalizador que tem acesso a locais onde os técnicos tem maior dificuldade de alcançar. O local onde estão fixada as vias são de rochas sólidas e estáveis no complexo do rochedo. Se realmente houvesse algum risco de desmoronamento, deveria ser fechada a trilha da Santinha e toda a praia, pois caso haja algum desmoronamento, as pedras rolariam até o mar.
Vai ser uma luta onde teremos que ter fôlego. Acho que seria muito importante a elaboração de uma espécie de dossiê, onde cada um, dos conquistadores e escaladores do Morro do Farol pudessem descrever um pouco a história das conquistas e do nome de cada via. Se alguém sabe se seu Edgar esteve por ali e quando. Cada um passando informações, poderemos elaborar um documento muito rico. São mais de 20 anos de escalada.
Quanto a escalada da Torre do Meio (Morro da Furnas) e da Torre Sul (Torre de Fora) a secretária me pediu que fizesse um pedido de autorização para que eles pudessem ter algum tipo de controle sobre a atividade esportiva no local. Quando fui buscar o documento, me disseram que não poderiam me dar esta autorização em função daquela declaração do Ministério Público. Não dariam a autorização, mas também não proibiriam, como se eles não estivessem sabendo, não querendo se comprometer.
Vamos aguardar o documento resposta e preparar uma defesa para a nossa atividade esportiva naquele local tão privilegiado.
Quem quiser saber o que está acontecendo em Torres, pode acessar : http://escaladasnosul.blogspot.com/2011/01/proibicao-para-escalar-em-torres-rs.html
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